Polícia Ambiental apreende 2 homens com linha chilena na Restinga de Maricá

Uma operação da Polícia Ambiental com apoio do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), realizada em Zacarias, na Restinga de Maricá, terminou com a apreensão de 2 homens e mais 11 carretéis de linha chilena.

A ação foi realizada por agentes do Inea e da 6ª Unidade de Polícia Ambiental (6ª UPAm), após receberem informações sobre pessoas soltando pipa com linha chilena na Área de Proteção Ambiental (APA) da Restinga.

Tanto os 2 homens quanto os 11 carretéis de linha chilena foram levados para a 82ª Delegacia de Polícia Civil (82ª DP), de Maricá, onde o caso foi registrado, e seguirá sendo investigado pelas autoridades.

De acordo com o artigo 132 do Código Penal Brasileiro, a fabricação, venda e uso de linhas cortantes, como a chilena, a indonésia e a com cerol, são considerados crimes, com pena que pode variar de 3 meses a 1 ano de prisão, além de multa de 17 mil reais.

Apesar da frequente confusão entre os 3 materiais, eles têm diferenças quanto à fabricação, com o cerol sendo feito à base de cola e vidro moído, enquanto as linhas chilena e indonésia são menos artesanais.

No caso da linha chilena, o material parece o mesmo, a linha de algodão, mas ela recebe uma mistura de óxido de alumínio e pó de quartzo, tornando-a perigosa e letal, assim como a linha indonésia, que é uma linha sintética, de náilon, feita com carboneto de silício e uma cola instantânea, chamada de cianoacrilato.

Segundo a Agência Brasil, do governo federal, em abril desse ano, com base em dados do Brazilian Kite Club e da Associação Brasileira de Motociclistas, por ano, são cerca de 10 mortes e mais de 500 acidentes provocados por linhas cortantes em todo o país, com mais de 250 deixando sequelas, cicatrizes ou até mutilações.

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